Enquanto
morria
A
versão carne e osso.
Eu
chupava a fruta
Desprezando
o caroço.
A
semente ao lixo
E
a polpa pro bucho.
O
sangue na veia,
Sem
a alma no pulso.
Então,
digerindo o suco da polpa,
Dei
à barriga, o defeito da boca.
Ela
roncou, sem sono e sem dente.
Queria
outra polpa, mas,
Só
restava a semente.
Para
comer,
Catei
no lixo, o caroço.
A
mente,
Comprimida
no crânio,
Estava
entranhada no osso.
Isso
tudo não é nada, mas,
A impura sensação da carne.
A impura sensação da carne.
É
melhor ir nunca cedo
E não chegar sempre tarde.
Tiro o sangue da veia.
E não chegar sempre tarde.
Tiro o sangue da veia.
Devolvo
a alma ao pulso.
Na morte tem barriga cheia.
A vida é um buraco no bucho.
Na morte tem barriga cheia.
A vida é um buraco no bucho.